Acesse:

domingo, 15 de abril de 2012

O sonho de cruzar a Amazônia sobre trilhos hoje enferruja na mata A ambição do homem na Amazônia custou vidas e uma fortuna em dinheiro: seis mil mortos e o equivalente a R$ 2,5 bilhões em valor atualizado.

Como o tempo, o trem não pode parar, mas para evoluir é preciso vencer desafios. No norte do país, a força das locomotivas impulsionou um sonho: desbravar a maior floresta tropical do mundo. Mas as feridas abertas na mata fizeram o homem conhecer o inferno.
Seis mil mortos. A ambição do homem na Amazônia custou vidas e uma fortuna em dinheiro. Pelos valores atualizados, o equivalente a R$ 2,5 bilhões. Investimento que hoje é corroído pela ferrugem. No cemitério das máquinas estão as poderosas locomotivas tragadas pela mata. Aprisionadas para sempre na floresta que um dia ousaram atravessar.
Os espíritos da selva transformaram trens em sucata e sepultaram sonhos. “Uma estrada de ferro que custou mais caro para o Brasil foi essa, né? Em dinheiro e em vidas”.
saiba mais
O pioneirismo do Barão de Mauá traz modernidade ao país sobre trilhos
Conheça a Estação da Luz, uma obra de arte da arquitetura inglesa
Brasileiros e europeus relatam as vantagens de se viajar de trem
A paixão pelas ferrovias une duas gerações no interior do país
A ferrovia nasceu em Rondônia. Em um período marcado por guerras e a necessidade de novos caminhos para escoar a borracha que vinha da vizinha Bolívia. A ligação com o Brasil pelos rios Madeira e Mamoré era uma travessia perigosa.
Vencer os obstáculos naturais para atravessar a Floresta Amazônica com 360 quilômetros de trilhos foi um desafio maior do que as empreiteiras inglesas e americanas imaginavam.
Durante 40 anos, foram três tentativas. Embarcações inteiras com material de trabalho foram tragadas pela fúria das correntezas, o terreno hostil empurrou locomotivas para o abismo e milhares de imigrantes europeus acabaram derrubados por um mosquito: o da malária. Era triste mesmo. Por isso se chama Ferrovia do Diabo.
Em troca do território onde hoje fica o estado do acre, o Brasil se empenhou em ajudar a Bolívia na construção da Madeira-Mamoré. E enfim a Ferrovia do Diabo nasceu... Já condenada por uma maldição. “Então ela acabou sendo construída em 1912. E a borracha já estava em decadência. Então ela já nasceu deficitária em termos comerciais”, relata a historiadora Yeda Marinho.
A ferrovia que encurtou vidas também teve história breve: apenas 60 anos. Foi desativada sobre a dor da despedida. Quatro décadas depois da desativação oficial da estrada de ferro Madeira-Mamoré, o apito da Maria Fumaça ainda ecoa pela mata. Só não se sabe o destino nem a direção do trem. Ele percorre a floresta transportando lendas, crenças, imaginação. São muitos os relatos sobre um veículo que parte da estação do além: o trem fantasma.
“Eu vi o trem fantasma! Eu vi. No quilômetro cinco e meio da estrada de ferro. Uma noite, tipo assim sete horas da noite”, garante Jesuá Johnson. “A imagem nítida do trem... não dava pra ver porque era uma escuridão total... mas o farol bem próximo ao ponto da gente temer assim pela segurança”, lembra o músico.
Com a passagem comprada com a própria vida, trabalhadores do outro mundo também são vistos à espera do trem. “Existe a lenda de que os espíritos a noite. De que os enterrados no cemitério da Candelária saem e vão para a beira da linha onde passa o trem na época, pra que eles possam voltar para o local de origem”, conta a curadora Nildete Arruda.

Usuários do SUS de Porto Velho já podem baixar resultado de exame pela internet

Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) não precisam mais esperar dias para saber o resultado dos exames médicos feitos nas unidades de saúde da prefeitura de Porto Velho. E o que é mais cômodo, ele também não precisa esperar horas na fila para ser atendido, quando precisar pegar esse diagnóstico. É que a prefeitura colocou em funcionamento o novo sistema de atendimento para informar o usuário quando o resultado o exame estiver pronto. O resultado sai em 48 horas, e o aviso é feito por meio de mensagem (torpedo) encaminhada para o celular do paciente para que ele procure o exame na unidade de saúde mais próxima de sua casa.

E as novidades não param por aí. Se quiser, o paciente não precisa nem se deslocar até o posto de saúde. Se ele tiver um computador conectado à internet e uma impressora, da própria casa ele pode baixar o exame da internet, no site da prefeitura. Mas para poder desfrutar de mais essa comodidade, o usuário tem que cadastrar o número do seu Cartão do SUS, em qualquer unidade de saúde da prefeitura, procedimento que pode ser feito quando estiver solicitando o exame. “Essa inovação para o sistema de saúde de Porto Velho representa um avanço significativo, pois conseguimos acabar com as filas. Esse sistema só está sendo possível devido aos investimentos que fizemos para equipar todas as nossas unidades com o que há de mais moderno no que diz respeito à tecnologia. É um salto de qualidade que coloca Porto Velho como referência no Estado de Rondônia.”, frisou o prefeito Roberto Sobrinho.

48 horas
Nesta quinta-feira, o prefeito esteve no Laboratório Central de Diagnóstico Municipal, que funciona na Policlínica Rafael Vaz e Silva. O laboratório funciona como uma central que atende as solicitações de exames feitos pelo SUS vindas das unidades de saúde da prefeitura. “Conseguimos estruturar o laboratório com uma rede que integra as demais unidades do município que estão interligadas, via internet. Isso nos permitiu agilizar a entrega do resultado dos exames diminuindo o tempo de espera para apenas quarenta e oito horas", afirmou o prefeito.

Com o novo sistema em operação, os exames de imunologia, bioquímica e hormônios são coletados nas unidades básicas de saúde e enviados à Central de Diagnóstico. Os exames são processados no laboratório da central e os resultados enviados pela internet às unidades coletoras em até 48 horas. O prefeito adiantou que os equipamentos adquiridos para o laboratório é o que há de mais moderno hoje. É todo automatizado e tem capacidade de análise que ultrapassa três mil exames por dia. “Nem os laboratórios particulares têm um equipamento assim no Estado", revelou o prefeito.

Com o novo sistema em operação e a expansão do Programa Saúde da Família, o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Eduardo Maiorquim, informou que o número de exames processados aumentou nos últimos dois anos. Em 2010, de janeiro a março, foram processados 230 mil exames. No ano passado, no mesmo período, esse número aumentou para 400 mil exames, um salto de 73,91%.“Estamos chegando a esses números porque conseguimos estruturar melhor o Programa Saúde da Família, que leva o atendimento às pessoas no local onde elas residem. E nossa intenção, em fazer esses investimentos na saúde, principalmente na área de informática, é melhorar a qualidade do atendimento e do serviço prestado à população”, afirmou.

Por Joel Elias
Fotos: Frank Néry

Leia também:

Homenagem Portovelhoagora aos 30 anos do PACMAN

@2010

Acesse: